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Indústria do Papel e a Sustentabilidade

Por definição, Indústria de papel se trata de uma instituição que trabalha com fabricação e manufatura de papéis, de vários tipos diferentes, partindo de sua matéria-prima, a celulose. A indústria do papel brasileira se encontra entre as maiores do mundo e, como a celulose parte de matéria obtida a partir das árvores, é responsável por grande parte das áreas florestais preservadas, para um meio ambiente mais sustentável também foram desenvolvidos papéis mais sustentáveis, essa indústria tem, portanto, grande impacto na questão da sustentabilidade.

Como é a fabricação do papel?

 A fabricação do papel comum, que utiliza fibra virgem de celulose, baseia-se em etapas. Começa pela extração da matéria-prima por meio da madeira, que é lascada e transformada em pequenos pedaços de madeira chamados de cavacos. 

Os cavacos passam por processos de polpação a fim de retirar a lignina presente na madeira, que é inutilizável para o papel – no entanto, útil para a fabricação de papelão quanto mais lignina mais resistente e amarelado se torna o produto, depois desses processos a polpa é formada apenas por celulose e passa por uma lavagem que serve para evitar a presença de impurezas no material. 

O processo seguinte é o branqueamento, que consiste na utilização de compostos químicos – cloro, hipoclorito, peróxido de hidrogênio – para clarear a cor do material, é importante citar que o uso de compostos a base de cloro vem sendo evitado por conta da chance de contaminação. Esse processo é o que mais causa degradação da natureza, isso porque o descarte incorreto desses compostos pode contaminar ecossistemas aquáticos e mais.

Chegando aos processos finais, a polpa transforma-se em uma pasta após algumas etapas envolvendo aditivos químicos e mudanças de temperatura, é nessa parte que se ajusta a “qualidade da folha no geral, resistência da folha, a espessura e etc. 

Em sua última etapa, é retirada toda a água presente na pasta por meio da máquina de Fourdrinier, posteriormente, o papel é inserido em equipamentos como rebobinadeira e desenroladeira, para atender às necessidades especificadas pelo fabricante.

O grande problema desse processo é o descarte ou vazamento de compostos utilizados nas diversas etapas que, além de tudo, podem contribuir para a poluição atmosférica também.

Impacto no meio ambiente

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Gráfica (ABiGraf), atualmente 100% do papel produzido no Brasil tem origem do reflorestamento, evitando assim o desmatamento e contribuindo para a redução do efeito estufa. As florestas preservadas por indústrias de papel reduzem de maneira significativa a quantidade de CO2 presente no meio ambiente.

Um ponto negativo em relação à produção do papel é que, como dito anteriormente, no processo de branqueamento os compostos químicos utilizados causam um certo impacto ambiental se seus resíduos são descartados de forma incorreta. Além do impacto causado com o descarte de uma grande quantidade de papel usado.

De maneira geral, é possível colocar que a fabricação do papel se origina de matéria orgânica e renovável, o que contribui para a indústria do papel e a sustentabilidade dessa produção e reduz o impacto ambiental.

Papel reciclado

O papel reciclado é obtido a partir da reutilização de fibras de celulose existentes em produto já usado. É importante dizer que para ser considerado reciclado precisa ser composto de no mínimo 50% de fibra reciclada de celulose e 50% de fibra virgem, portanto esse tipo de material pode ser 100% reciclado. Por conta da degradação das fibras, um papel só pode ser reciclado de 4 a 10 vezes. Seu processo de fabricação envolve a produção e descarte do papel comum, depois de recolhido o papel passa por um controle de qualidade e é triturado e misturado com água para que suas fibras se separem, posteriormente passa por uma centrifugação para que quaisquer impurezas também sejam separadas. Essas etapas resultam na formação de uma massa, e após isso o restante do processo se assemelha bastante com o da folha de fibra virgem explicado anteriormente.

Papel ecológico e sustentabilidade

Já o papel ecológico mais comum é feito a partir do bagaço de cana, em que a celulose é extraída do bagaço que seria descartado pela indústria açucareira e não necessita de processo de branqueamento, pois a matéria-prima já consegue atingir a cor branca da folha sulfite naturalmente. 

Outro tipo que pode ser considerado ecológico é o papel Kraft, que é 100% reciclável e o único que se degrada em apenas 60 dias na natureza, pode servir também de adubo se misturado com compostos orgânicos. Esse tipo de papel também não passa por processos de branqueamento, o que contribui para o seu potencial sustentável, isso implica na cor que se assemelha a cor do papelão e na sua resistência superior, isso se dá pela presença da lignina e de fibras de celulose de tamanhos variados que influenciam na resistência e na cor do material. 

 

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